segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Distância


Não chore os dias ruins
Alimente-me com teus sorrisos
Estarei aqui, de longe, ao teu lado
Não chore aos dias ruins
Cante dias melhores
Não te privando a infelicidade
Mas nunca esqueça
Estarei aqui, longe, ao lado

A distância, que encurta, priva
É inevitável não se lembrar disso
Inevitavelmente estará ali, parado
Como a lembrança boa da segunda
Com o gosto de fruta da terça
Na quarta já estará tão longe
Somos todos reféns desse mesmo tempo
Esta ali, ao lado... Longe demais

Nossas jaulas permanecerão distantes
Então eu poderei lembrar que não te vi
Vou lembrar que estava ali, ao meu lado
Ao longe não verei, mas ainda lembrarei
Não chorei dias ruins
Recitei com a voz dos olhos meus dias melhores
Escrevi na minha memória o que não direi um dia
Mas o necessário então eu direi, e isso bastará



Encurtei o espaço na imaginação
Virtualmente longe, invariavelmente perto
Dias ruins, dias bons, mera ilusão!
Foram dias normais em que vivi liberto
Próximo ou distante, em meu coração

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